Com a observação de minha pequena Vivi, um pinscher de 2 anos de idade, muito ativa como qualquer pinscher, me surgiu a ideia de falar sobre brinquedos para pets.
Os animais de uma maneira geral são muito lúdicos, seja eles domésticos ou não.
As atividades de brincadeiras são utilizadas por todos os animais, mesmo os que jamais tenhamos pensado que pudessem ter essa atividade, como bois, cavalos, cabras, lagartos, peixes, polvos, aves e todos os que tem um desenvolvimento neurológico maior.
Todas as maneiras do brincar são benéficas a qualquer ser, sendo o mais comum estar associado ao desenvolvimento neuromuscular, mas também está associado a comportamentos como mimica da caça, mimica do cortejo de acasalamento, mimica social em que os pequenos aprendem hierarquia com os mais velhos, haja vista os gorilas e macacos de maneira geral. Brincadeiras desestressam e até suínos gostam de ter brinquedos para se divertir, vacas leiteiras com brinquedos e escovas produzem mais leite e assim por diante.
Mas o que gostaria de abordar são nossos pets domésticos, especialmente cães e gatos.
Me perguntam se devem comprar brinquedos para os filhotes ou mesmo para adultos e sempre a resposta é: SIM, devem!
Mas como escolher os brinquedos?
Bem, essa é uma questão bem difícil porque quem compra são os tutores e normalmente levam em conta suas preferências e não as do Pet. Existe uma expectativa sobre o brinquedo e sobre o brincar. Muitas vezes acham que o pet não brinca ou não se interessa. Isso não é verdade, o pet sempre vai ser lúdico. O que muitas vezes acontece é que ele escolhe um chinelo, uma meia, um objeto do tutor, um brinquedo do filho, um pertence do tutor que tem seu cheiro ou mesmo que parece de interesse para o tutor e pode rejeitar o brinquedo caro do petshop.
Uma passagem que me deixou às gargalhadas, foi um Dogo argentino que adorava brincar e quase sempre de cabo de guerra com o tutor, com muita movimentação de disputa e de troca de energia. E tinham muitos brinquedos para se divertir. Só que o tutor comprou uma moto zero km, linda, potente, novinha e ficou por horas conversando com a esposa sobre a moto, mostrando detalhes e se orgulhando dela. Foram dormir e no outro dia a cachorrinha havia “brincado com a moto“ rsrsrsrs. Quase destruiu totalmente. Mas como falar para o seguro o que havia acontecido??? Será que estava coberto para esses eventos??? Sei que tudo acabou muito bem. O tutor riu muito da situação e me contou como uma arte bem cara da Dogo!
Mas como escolher, ou seja, de como podemos chegar mais perto de acertar um brinquedo?
Para cães pequenos devemos levar em conta alguns fatores como peso, tamanho, odor, barulho, movimento e até mesmo formato. Eles podem interpretar um som muito alto ou agudo como algo temerário e podem ter repulsa ao brinquedo. Pode haver alguns tipos de matéria prima que tenha odor ou sabor muito forte o que daria também repulsa em colocar na boca. Lembrando que o odor para eles é muitas vezes mais intenso que para nós. Brinquedos com textura desagradável podem levar a uma dificuldade em relação a apreensão e isso daria mais desinteresse. Alguns formatos agradam muito o tutor, como ossos, palitos, barbantes etc. porém nem sempre agradam o pet.
Escolha brinquedos adequados com a apreensão pelo pet, com a maneira de brincar como bolas por exemplo que quase sempre agradam e com textura, odor, cor e formato adequado.
Para pets médios os brinquedos podem ser mais fáceis de adequar, até porque eles sempre têm mais energia e querem gastá-la a todo custo com atividades lúdicas.
Bolas, puxadores, bisnaguinhas, tacinhas, galinhas de látex, tudo vira brincadeira.
Leve em consideração as mesmas condições do pet pequeno como textura, barulhos, formato, cheiro e formas de brincar.
Já para os grandões a vida é de certa forma mais fácil. Qualquer coisa pode ser destruída!
Os pets de grande porte brincam com potes de água, garrafas pet, bolas, meias, roupas, chinelos e até motos e carros!
O problema aqui está em que eles podem engolir os brinquedos e destruir coisas inimagináveis.
Recebi um caso de um filhote de Rottweiler que tinha uma queixa inicial de que não conseguia dobrar o pescoço. Estava com muita dor e com desconforto enorme, salivando muito e algumas vezes gritando. Ao examinar o paciente percebi que havia algo estranho quando tentava mexer a cabeça. Radiografei e apesar de ter alterações anatômicas, como gás em esôfago e estomago, não se evidenciava nada de fratura ou outro sinal. Resolvemos então sedar o paciente e examinar a cavidade oral. Bom, foi uma surpresa, ele havia engolido uma flecha de brinquedo inteira, daquelas com borracha de ventosa na frente. Lógico, não virava a cabeça porque a flecha ia de garganta ate o estômago. O material da qual era feita não aparecia no Raio X. Retirada a flecha ele já estava pronto para outra aventura de faquir!
E quanto a os gatos?
Aqui as coisas pioram! Ou melhoram! Depende da ótica.
Felinos brincam com tudo!
São caçadores e tem na mente a arte da caça.
Pare eles, bolinhas de papel são uma diversão. São leves como um inseto, fazem barulho como um inseto, se deslocam como um inseto. São mágicas!
Existem muitos tipo de brinquedos para felinos e a grande maioria adequado.
Ratinhos, bolinhas, varas com penas, insetos de borracha e que andam sozinhos e assim vai.
Lembrando que eles também engolem os brinquedos e pode haver um grande problema.
O importante é brincar ! Ser feliz ! Aprender com eles que a vida é fácil! Que a vida é feita de dias e a Hora mais importante é agora!
Renato Murta
CRMV 9213 SP
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